Diário de Mercado na 2ª feira, 07.05.2018
Ibovespa reverte no fim com exterior e tem quinto recuo consecutivo
Resumo.
A suscetibilidade do mercado doméstico aos eventos no exterior segue dando o tom ao seu desempenho. O Ibovespa parecia conseguir uma leve reversão das perdas dos últimos pregões, mas não resistiu à renúncia de parte dos ganhos nos EUA após fala considerada mais hawkish de membro do Fed, bem como tweet de Trump em relação ao acordo nuclear iraniano.
O Ibovespa encerrou com recuo de 0,49% - quinta sessão negativa seguida, acumulando 3,95% de queda em maio - que já registra fuga de capital estrangeiro de quase R$ 1 bilhão. No mercado de câmbio, o dólar superou o patamar dos R$ 3,55, antes vista em junho de 2016, puxando também a elevação da curva da estrutura de juros futuros.
Ibovespa.
O índice doméstico navegou durante a maior parte do pregão em terreno de alta. Entretanto, na última hora da sessão, passou a cair e encerrou em baixa. A queda coincidiu com a desaceleração dos índices em Nova York, sendo que apenas 14 das 64 ações fecharam com ganhos.
Destaque para os papéis da Petrobras - com boa perspectiva para seu resultado e alta do preço do barril de Petróleo - e Cielo, que avançaram firmemente, suavizando o recuo do Ibovespa. Na outra ponta, Bradesco, Ambev e Vale desvalorizaram e pesaram sobre o índice.
O índice fechou aos 82.714 pts (-0,49%), recuando 3,95% no mês e ainda avançando 8,26% no ano e 25,88% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 9,230 bilhões, sendo R$ 8,931 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
Na 5ª feira, 03.05, último dado disponível, houve retirada líquida de capital estrangeiro em R$ 443,283 milhões da bolsa, aumentando o saldo negativo para R$ 843,908 milhões no mês e reduzindo o saldo positivo para R$ 3,978 bilhões no ano.
Agenda Econômica.
No Brasil, conforme dados da Anfavea, a produção de veículos subiu 40,4% em abril em comparação com o mesmo mês de 2017. Já a produção nos quatro primeiros meses de 2018, de 965,9 mil veículos, teve alta de 20,7% ante o primeiro quadrimestre de 2017. Já as vendas de veículos registraram alta de 38,5% em relação a abril de 2017. Já as vendas nos quatro primeiros meses de 2018, de 762,9 mil veículos, mostraram avanço de 21,3% ante o primeiro quadrimestre de 2017.
Câmbio e CDS.
Após dar leve trégua recuando na última sexta-feira, o dólar comercial (interbancário) voltou a valorizar na sessão de hoje. No exterior, a divisa norte-americana se fortaleceu diante da maioria das moedas, principalmente diante das emergentes.
O dólar fechou cotado a R$ 3,5510 (+0,77%), acumulando alta de 1,34% no mês, 7,12% no ano e 11,88% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos subiu de 185 pts na sexta-feira para 190 pts hoje.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular em firme alta, nas máximas em alguns dos contratos, acompanhando a valorização do dólar no mercado doméstico. Os vértices intermediários e de longo prazo registraram as maiores elevações, enquanto os de curtíssimo prazo ficaram mais próximos à estabilidade.
Para a semana.
Brasil: IGP-DI Inflação FGV, IPC-S IPC FGV, IPC FIPE- Semanal, IGP-M Inflação 1ª prévia, IPCA inflação IBGE, Vendas a varejo;
EUA: IPC exceto alimentos e energia, Sentimento Universidade de Michigan; Vendas de negócio no atacado, Estoques no atacado,
Alemanha: Produção industrial;
França: Produção industrial;
Reino Unido: Produção industrial, Taxa do Banco da Inglaterra;
China: Importações, Exportações, Investimento estrangeiro direto, Balança comercial, IPP, IPC, Financiamento agregado, New Yuan Loans.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 07.05.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, ambos do BB Investimentos
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